terça-feira, 1 de outubro de 2019

LUÍS FRANCISCO JUNQUEIRA AIRES DE ALMEIDA


LUÍS FRANCISCO JUNQUEIRA AIRES DE ALMEIDA, NÃO TEMOS FOTO DO MESMO
Luís Francisco Junqueira Aires de Almeida nasceu em Salvador no dia 22 fevereiro de 1860, filho do poeta e magistrado baiano Joaquim Aires de Almeida Freitas e de Ana Francisca Junqueira Aires de Almeida Freitas. Seu irmão, José Carlos Junqueira Alves de Almeida, foi presidente do Tribunal de Contas e secretário geral do estado da Bahia.
         Estudou no Colégio Abílio em Salvador, onde foi aluno de Carneiro Ribeiro, professor de Rui Barbosa, e se tornou amigo de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, futuro líder do Partido Republicano no Rio Grande do Norte. Cursou depois a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde recebeu o diploma de engenheiro em 1881. De volta à Bahia, foi eleito deputado provincial pelo Partido Conservador em 1885, e deputado geral em 1886
        Preterido na reeleição de 1889, voltou-se para a carreira técnica. Seguiu para Minas Gerais, onde trabalhou como engenheiro na construção da Estrada de Ferro Sapucaí. No governo do marechal Floriano Peixoto (1891-1894), foi nomeado engenheiro fiscal da Estrada de Ferro de Nova Cruz, no Rio Grande do Norte. Pouco antes de deixar o estado para assumir o posto de engenheiro fiscal dos engenhos centrais de Pernambuco, aceitou o convite de Pedro Velho, então governador do Rio Grande do Norte (1892-1896), para candidatar-se a deputado federal na legislatura 1894-1896 fora da chapa do partido. Esse expediente foi arquitetado por Pedro Velho para disputar a vaga oferecida aos oposicionistas. Segundo Luís da Câmara Cascudo, Junqueira Aires foi escolhido por ser bom orador, qualidade que então fazia falta para defender as causas do estado no Congresso

Eleito deputado pelo Rio Grande do Norte, Junqueira Aires bateu-se contra o adiamento da sessão legislativa em 1894 e passou a denunciar as manobras de José Bernardo de Medeiros para depor Pedro Velho do governo do estado. Na Câmara dos Deputados, apresentou projeto de prorrogação do estado de sítio e defendeu que parte das verbas de colonização fosse destinada à construção de açudes, especialmente no Rio Grande do Norte, insistindo na idéia de que o combate aos “flagelos da seca” deveria ser permanente. Trabalhou ainda pela destinação de recursos federais para a construção da ferrovia Macau-São Francisco.

Ao voltar a Natal em 1896 para as comemorações do fim do mandato de Pedro Velho, quando foi o orador oficial do Partido Republicano, sentiu os sintomas do que foi diagnosticado como anemia cerebral. Decidiram então transportá-lo de volta para o Rio de Janeiro, onde não conseguiu chegar. Faleceu em Recife, em meio à viagem, na companhia de Pedro Velho, no dia 10 de maio de 1896.
RENATO AMADO PEIXOTO(FOTO ACIMA)
FONTES: ARAÚJO, D.; SOARES, G. Caminhos; CÂM. DEP. Organizações; CASCUDO, L. História; CASCUDO, L. Vida; CONG. NAC. Anais; República (maio/junho1896); Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia ( 1896); RIBEIRO, A. Sonho.

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PORTAL TERRAS POTIGUARES NEWS, MOSSORÓ-RN, COM 79 BLOGS E MAIS DE CINCO MIL LINKS. STPM JOSÉ MARIA DAS CHAGAS, MOSSORÓ-RN, 12 DE SETEMBRO DE 2018